domingo, 6 de janeiro de 2013

Amor Medroso- Capitulo 36


Amor Medroso


*Joe On*

Sinceramente não sei o que me deu, estou confiando demais em Demi, mas 
sinto que posso e que somente ela saberá me entender, estou me sufocando e 
tenho que confiar em alguém  então eu escolhi Demi para ser esse alguém. Demi 
tem facilidade em sentir e é boa com as palavras para explicar esse sentimento, então ninguém melhor para me entender e me ajudar do que ela.

Quero me divertir, essa é a minha intenção, mas antes de tudo eu quero colocar esse peso para fora de mim, quero desabafar, já que ate agora não tive amigo para isso. Não sei bem como caracterizar Demi, amiga, ficante ou namorada? Não sei, quero muito que Demi seja minha namorada, ela me faz bem como nenhuma outra pessoa já fez para mim, mesmo já tendo beijado-a eu ainda me atraio com ela, é surreal para mim, já que eu achava que nunca me sentiria assim, não é apenas atração, é algo a mais que ainda tenho medo de descobrir, quero Demi como minha namorada, mas é muita responsabilidade, ela ainda não sendo minha namorada eu não vou ter direito de achar ruim ou cobrar algo dela quando a mesma esta sendo flertada ou até mesmo flertando com Taylor, só esse pensamento já me dar repulsa, me machuca, me dar medo, me dar raiva, não suporto mais ficar longe de Demi, já demorou muito para eu finalmente ficar com ela e eu não suporto a ideia de deixa-la ir muito menos com Taylor, mas também não suporto a ideia de entregar verdadeiramente meu coração a alguém.
Levei Demi a um local que eu sempre vou para esparecer, para ficar a toa e sem ninguém para perturbar. Está a noite e por sorte amanha é sexta feira, enfim, era noite de lua cheia e o céu estava incrivelmente estrelado, passei Demi para a minha frente e segurei na sua cintura e delicadamente fui guiando ela até a parte mais alta da ponte, sentei-me na lateral da ponte onde delineia as bordas da mesma e Demi se sentou ao meu lado, o que me fez sorrir.

- Iai?! Quer falar algo para mim? _Demi perguntou me olhando_ Quer me falar do porque de você ser assim? E ter medo de quem verdadeiramente você verdadeiramente é. _deu uma pausa_ antes de tudo me responda, por que você é assim Joe?


Como ela sabia? Estava mesmo na minha testa e todo mundo podia ver, ou somente ela? Acho que já é automático para mim ser quem verdadeiramente sou perto dela, ser vulnerável e assumir meus sentimentos, mostrar meus sentimentos, me permitir sentir ao lado dela, simplesmente sentir fluentemente.

- Olhando assim, ninguém diz. Mas há toda uma explicação do porquê eu ser desse jeito. Só eu mesmo, que sempre estive comigo, aguentando as barras, as rupturas, os socos na cara. _falei_
- Eu tenho medo. _acrescentei_

- De que?
- De mim mesmo. _confessei suspirando_
- Você tem medo de sentir?
- Muito. Sabe, sentir não é bem visto pela sociedade _falei com um meio sorriso no rosto_
- Primeiro, sentimento não é visto, é sentido, segundo, você que tem que sentir esse sentimento, não a sociedade! _Demi falou me fazendo olhar para ela_
- Mas eu não quero sentir Demi, não mais _suspirei novamente_ Dói sentir, dói muito. Eu só queria voltar no tempo.
- Pra que?
- Voltar no tempo para antes de meu pai ter ido embora _confessei fracamente e entrelaçando meus dedos com Demi_ Mas quer saber o que dói mais?
- Sim _falou calma_
- Ter que fingir que não está doendo nada. _deixei uma lágrima cair e limpei rapidamente_

Estava prendendo o choro e suspirando devagar ritmadamente.

"Ele começou a suspirar devagar para não chorar. O suspiro é o choro da boca."

- O Suspiro é o choro da boca _Demi falou me dando um breve selinho_

Estava olhando para Demi e pude ver ela fechar o olho calmamente, seu rosto estava angelical. Uma única lágrima saiu do olho de Demi ainda fechado, mas ela deixou rolar sobre todo seu rosto, abriu os olhos calmamente e eu pude ver uma Demetria calejada, mas forte, uma Demetria que juntou seus pedaços mas que de vez em quando os pedaços caem, os olhos dela estavam cheios de lágrimas e os meus não estavam diferentes, mas eu me desesperei a ver aquela Demetria na minha frente, eu queria a ajudar e não podia fazer nada.

- Vamos lá... _falou mais para ela mesma, respirou fundo e eu me preparei para o que vinha a seguir_ Você não é o único que sofre aqui Joe, mas a diferença em mim e você é que você ainda teve mais sorte, você não senti demasiado, eu sinto, mas a diferença de mim e você, é que eu sinto intensamente e os meus sentimentos são devastadores para comigo, eu tenho que me manter forte, não é apenas para não doer, mas sim para eu não cometer os mesmos erros, eu tenho que sentir, eu tenho que aprender com esses sentimentos, pois eu sou ser humana, nos somos, nos apenas temos que aprender a controlar esses sentimentos antes que eles nos controlem. _suspirou e por fim olhou para nossas mãos entrelaçadas em cima da minha coxa_ Você é forte Joe, você ainda tem muito a perder, olhe para mim, eu já estou quebrada, não apenas roxa pelas pancadas da vida, mas sim quebrada. Você tem que acreditar em você, você é capaz de sentir, antes que seja tarde de mais, não que seja tarde de você não mais sentir, mas sim de você sentir demais. _suspirou novamente_
- Você não parece ser assim, quer dizer, vendo de fora, você não parece ser tão... _fiz uma pausa procurando a palavra certa_
- Melancólica _deu um meio sorriso_
- Mais ou menos isso _ergui sua mão que estava entrelaçada na minha até minha boca e a beijei, recebendo um sorriso_ Você não demonstra muito essa... dor _fiz mais um pausa_ você vive sorrindo, dando gargalhadas por tudo e é alegre.
Às vezes quem menos demonstra é quem mais sente. _deu um meio sorriso e eu sorri abobalhado_

É incrível como quasse tudo que sai da boca dela é tocante ou em forma de poesia, é bem sentimental e ela faz bom usos das palavras, não sei muito bem explicar isso, mas eu me atraio por cada letra que sai da boca dela, delineado por aqueles lábios que me fazem delirar.

- Mas eu sou alegre, mas também sou triste. _fez uma pausa pensando nas suas próprias palavras e riu_ é confuso! _fez careta e eu ri_ digamos que sou um misto de emoções e que nem sempre demostro todas elas _piscou para mim_
- Deixa eu te morder Demi _falei manhoso, me inclinando cuidadosamente para perto dela_
- Nada disso _recuou e se levantou_
- Então me dá um beijo _fiz biquinho e pude ver que ela ficou indecisa, sorri com isso e ela me deu um selinho que me deu um gosto de quero mais_


- Pronto, já dei _falou sapeca_
- Nada disso, eu quero um beijo de verdade!
- Nada disso! _ela retrucou e correu_

Ficamos correndo igual doidos pelas avenidas iluminadas, entre os carros e prédios, avenidas e iluminações das ruas.
Demi corria na minha frente e eu corri logo atras, me aproximei rapidamente dela e lhe agarrei pela cintura, logo depois fiz a seguinte coisa:



(Cooperem galera, finjam que é o Joe e a Demi)

- Joe! _Demi exclamou ainda nos meus lábios e eu ri, as coxas dela estavam em minhas mãos e as mesmas estavam bem perto da bunda dela, o que fez minha boca secar e eu me saciar novamente com sua boca_

Nossos lábios já estavam vermelhos de tanto ambos mordiscar e chupar os lábios um do outro, era tão bom estar assim com ela, estar com ela! Mas logo me desanimei com um pensamento repentino que passou por minha cabeça, não sobre meus sentimentos, mas sim sobre como seria depois, como ficaria? Como eu e Demi ficaríamos?
...
Continua!
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